quarta-feira, 25 de junho de 2008

Teias do destino

É inexplicável a sensação que sinto,

Ao notar a tua presença em mim,

Culpo-me por não deixar dito

O pouco do que gostaria,

Algo sobre esse íntimo em conflito,

Que chora, esperneia, grita...

Sobre esse coração magoado, despedaçado,

Em desconsolo,

Que pulsa triste em abandono,

Sobre esses pensamentos desencontrados,

Contraditórios, ilusórios,

Vitimas de desejos calados, sufocados,

Palavras ditas, ouvidas, sentidas, doídas...

Que marcam os sentimentos

Abrindo grandes feridas

Em mim... em ti,

Na alma, no coração,

Em desgosto...

Tu sabes o quanto te amo

Portanto,

SIMPLESMENTE ouve este grito

De quem continua a procurar-te,

Sem saber a razão de continuar...

Pois quando encontro,

Novamente deixo escapar,

Esta certo de que a questão não é...

Não te amar, nem tão pouco,

Não te desejar por perto...

São essas duas faces,

Digo-te que sim,

Digo-te que não,

O coração diz que sim

E não teme em amar,

A cabeça diz que não,

Pois teme em arriscar.

Assim, deseja que tudo acabe,

Mas o coração diz que não,

Ele quer continuar...

Quer se entregar..

Vivo entre esses dois mundos,

As duas faces:

O sim e o não...

Como quem deseja tornar real o irreal

Mas mesmo assim persiste no bem e no mal.

Ficando com as lembranças do que passou,

Em busca do que resiste.

Poderei apagar más recordações,

Todavia, boas não se apagam,

Apenas renascem a cada dia numa simples recordação,

Dessa recordação nasce saudade...

E com ela vem a dor...

A dor de quem magoou,

A dor de quem deseja o que não é capaz!

Dor de querer ser feliz,

Dor de quem fala e sente o que diz!

Ouve o meu grito!

AMO_TE ...

(Distant dreams)

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