sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Silêncios se rompem, mas palavras não alcançam. Nem silêncios, nem palavras, já não dizem nada (não abraçam). Ele não se permite o olhar dela. Ela já não procura o dele... Ele fala sem ouvir. Ela talvez já não esteja ali. Não quando já não se importa em entender. Não quando já não insiste em perguntas. Não quando já não lhe interessa as respostas. É um estar sem permanecer. Um ir embora sem partir. Saudade sem a falta. Promessa sem a pele. Vontade sem a espera. Amar sem pertencer. Personagens sem história. Memória do que não aconteceu. Carinho sem afago. Caminho sem atalho. Mágoa sem lágrima. Erro sem escolha. Acerto sem razão. Perdão que não redime. Febre que não arde. Fogo que não queima, e que, no entanto teima... Não apaga. Não incendeia. Não some, nem consome. Mas, continua ali... Não morre. Não vive. Permanece sem ficar... Resiste sem porquês! Como certos finais que não terminam. Como certos amores que se perdem e não acabam. Como certos sonhos que não morrem. Adormecem! Pra não dizerem Adeus!

2 comentários:

Grace disse...

ave... não te aguento amiga...

Anônimo disse...

Miga... o De mãeeee tb é pra vc.. viuuu bjos Quel