domingo, 10 de agosto de 2008

Tenho fome

Tenho fome
Daquelas que
Não se sacia
Em cio uivo
Teu nome
Diante do olho
Que me acaricia
Em tua pele de canela
Cravo meus dentes
Famintos e sugo
Teu gosto
Suado e quente
Num sorriso
Indecente
Passo a língua
Pelos lábios no
Claro desejo
De mais
Em minha nuca
Desnuda arde
O roçar da tua
Barba mal feita
E tua língua
Rastreia na pele
O caminho do teu
Desejo.
Suga o leite
Do meu prazer
Em minhas tetas
Fartas enquanto
Outras partes
Secretam o gozo
Em puro deleite
Minhas unhas
Garras de águia
Cravam em tua
Pele e minha boca
Suga-lhe a glande
Empreendendo o
Vôo pra saciar
A fome
Mas esta não se sacia
E entre risos e
Beijos
Línguas e mãos
Se digladiam
Numa luta Sadia
Tua boca cala
Os lábios baixos
E a brasa do
Meu corpo
Se encharca
Numa quase
Prece
Dedos reverenciam
Meu ventre
E em estocadas
Ritmadas entre
Leve e funda
Inunda-me
A gruta Mantendo
Entre dentes
Meus lábios
Trêmulos
De gemidos
Lânguidos
Roucos
Loucos
Na fome
De dois
Os sexos
Se cobrem
E juntos
Jorram o
Raro alimento
Que por pouco
Tempo há
De saciar
Os que sempre
Têm fome...

Nenhum comentário: