Seduz-me
a pele nua,
branca
e tua,
na indecência
do teu querer.
Enlouqueces-me
os pensamentos,
o corpo entregue,
quase morto,
com a tua língua
recheada de prazer.
Estimulas-me
os múltiplos lábios,
úmidos e latejantes,
em toques circulantes,
que em teus dedos
insistem em arder.
Arrancas-me
das linhas onduladas
movimentos pagãos
e da carne quente,
úmidos pecados,
e uma mistura de medo e paixão.
Bebes-me quente,
com sede e ânsia,
com a boca ávida e faminta,
toda luxúria que está a escorrer.
Depois...
envolves-me em tua madrugada,
na lonjura dos teus braços,
incandescente e impura,
flutuante e exaurida,
marcada por tuas digitais...
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